(Sem) Clima Para O Clima

Num planeta de água, morrem as vidas de sede
Num planeta de terra, morrem as vidas de fome
E o movimento, medido pelo tempo, vem e escorre
Entre acefalias que se fazem eufemismos sem nome.
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Dádivas vivas, não fomentam as águas e as terras
As agruras e as sempre desumanas guerras de humanos
Entes de apenas capas pensantes
À sombra das copas de ilusões verdes e vicejantes
Sem a métrica do infindo e infinitésimo dos anos.
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As diferenças que sempre deveriam se beijar cores unidas
Tornam-se, infelizmente, motivos à distância e à degradação e aos covis
Os homens patinam vontades, horas e as próprias vidas
Mas o Universo, onde o Planeta pulsa, não espera indecisões
E terras se desertificam e geleiras gritam...
Enquanto os mares e ares pululam estranhos... Febris.