
E pensamentos tocam algo bem raro
É mistura de tanto tudo e tanto nada
Lembrança de alguém que me é caro.
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Não sendo silêncio, ele jamais silencia
Enquanto os dias e os meses passam
Recluso às cristas e aos vales, amacia
Enquanto fomes e sedes lho crassam.
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É improvável que se permita às teias
Aos beijos crus, cria de febre às veias
E que se lance ao infindo de si mesmo...
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Energia imensa e latente e não gasta
É luz que pulsa, mas não se desbasta
Turbilhões vivos maiores que o esmo."
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(Recife, 15.01.2010.)