
Levando-me além do meu sempre mutismo
Salvando-me do mais inútil dos abismos:
Aquele que conclama e não dá respostas.
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Mãos onde eu me entrego sem nada pedir
E que despertam a fome e sede de mais
Pulsações transeuntes entre ânsia e paz
Num agradecimento à delícia de existir.
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Mãos que alcançam os meus pensamentos
E quebram silêncio de todos os momentos
Que transpõem a solidão dos meus passos...
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Deitas-me cores e sons que não tão vagos
Posto que eu sinto e somatizo teus afagos
Na inadjetivável imersão em teus braços.