Parca Não Tão Porta

Há intensa circulação do estar sem ser
Nas paradoxais bases de ser sem estar
Os afins sempre querem unanimidade
Das rimas, idéias, gemidos do escrever.
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É o trânsito que só caminha na fluidez
Que não sabe usufruir o que não gosta
Angústias acerbas às perdidas apostas
Olhos que não ouvem diversa sensatez.
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Tem cheiro de sabonete, porto seguro
De sorrisos construídos longe do vento...
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Há banhos tomados nas brumas da luz
E corpos secados às luzes da escuridão...
Quem não intuiria tanto que se conduz
No suor milenar da estranha expressão?