Pernambuco [N° 2024] – Doce Tela Crua

Seria a esperança um tempo ou lugar?
Se refletir é sinônimo de agradecer
Agradeça-se o tudo ou mesmo o nada
O que importa é a trilha da estrada
Na singularidade fantástica do viver.
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Andar no calçadão da amada Boa Viagem
Pode haver mais Filosofia que no mar?
Imagens no granulado plano de areia
Intrincadíssima sutil vida-morte em teia
Tanto muito ser no Universo a navegar.
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Há dor? Que não se abrace o sofrimento.
Cada vivente é um sentir no teatro da alma
A plenitude do ser corrói as escravidões
E o coração pacífico entre as pulsações
É utopia da linearidade da efígie calma.